Five female colleagues at a work meeting smiling to camera

Estudo global aponta avanço tímido (+0,3%) em 2025; Brasil é destaque na América Latina com 75,4% de igualdade, mas liderança política ainda é entrave mundial.


O Retrato da Desigualdade

A 19ª edição do Relatório Global de Desigualdade de Gênero, divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, traz um diagnóstico alarmante:

  • Progresso glacial: Avanço de apenas 0,3 ponto percentual na paridade global em 2024-2025.
  • Projeção sombria: Serão necessários 123 anos para fechar a lacuna no ritmo atual.
  • Nenhum país atingiu a igualdade total: Islândia lidera (92,6%) pelo 16º ano consecutivo.

Dado crucial: O empoderamento político tem a pior disparidade (22,9% de paridade) e levará 162 anos para ser resolvido.

Brasil em Foco: Luzes e Sombras

IndicadorDesempenho (2025)Posição Global
Igualdade geral75,4%64ª
Educação99,8% (quase paridade)Top 40
Participação econômica68,1%87ª
Liderança política15,7%110ª

Avanço notável: O país subiu 12 posições no ranking desde 2020, impulsionado por:

  • Crescimento de mulheres em cargos gerenciais (+18% desde 2016)
  • Políticas de licença parental ampliada

Ranking Global: Top 5 e Lanternas

  1. Islândia (92,6%)
  2. Finlândia (87,9%)
  3. Noruega (86,3%)
  4. Reino Unido (83,8%)
  5. Nova Zelândia (82,7%)

    Últimos colocados:
  • Afeganistão (43,5%)
  • Chade (44,1%)
  • Irã (48,9%)

Divisão Setorial: Onde Estão os Gargalos

ÁreaParidade GlobalTempo p/ Igualdade
Saúde e sobrevivência96,2%Já alcançada*
Educação95,1%10 anos
Participação econômica61,0%135 anos
Poder político22,9%162 anos

*Exceto em 24 países com discriminação de gênero no acesso à saúde

Paradoxo da Educação

  • Fenômeno global: Mulhes são maioria no ensino superior em 78% dos países.
  • Contradição: Ocupam apenas 29,5% dos cargos de liderança sênior.

“Diplomas não se traduzem em poder: há um ‘teto de vidro educacional’ que bloqueia ascensão”
— Saadia Zahidi, Diretora-Executiva do Fórum Econômico Mundial

Impacto Econômico da Desigualdade

  • Perda de PIB: Economias com alta desigualdade deixam de gerar até US$ 12 trilhões/ano (McKinsey Global Institute).
  • Setores críticos: Infraestrutura tem apenas 22% de participação feminina, enquanto cuidados e educação ultrapassam 50%.
  • Solução: Países com licença parental compartilhada (como Suécia) têm 3x mais mulheres em cargos executivos.

Tendências Regionais

  • América Latina: Destaque em empoderamento político (35% de paridade), com México e Nicarágua tendo parlamentos paritários.
  • Oriente Médio: Avanço lento, mas Emirados Árabes (37,2%) lideram com cotas em ministérios.
  • África Subsaariana: Ruanda é único país com parlamento 50-50, enquanto Chade tem pior índice econômico (44,4%).

3 Ações Urgentes (Segundo o Relatório)

  1. Reengenharia das promoções: Corrigir viés em ascensões (homens promovidos 30% mais).
  2. Licenças parentais iguais: Reduz “penalização maternal” no salário.
  3. Cotas em parlamentos: Países com leis de cotas têm 2x mais mulheres na política.

PARA PROFUNDAR:
Relatório Completo | Dados por País

BOX: CASOS DE SUCESSO

  • Bangladesh: Maior avanço desde 2006 (+24%) via microcrédito para mulheres.
  • Ruanda: Parlamento 100% paritário após reforma pós-genocídio.
  • Alemanha: Licença parental obrigatória para pais aumentou retenção feminina em 18%.

By Tayliny Battistella

Historiadora e publicitária que esta se descobrindo nerd e gamer. Socio fundadora do Negócios Tech.

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