Criada há 17 anos e hoje a maior provedora do Brasil em gestão de privacidade de dados e riscos cibernéticos, Clavis recebe investimento de R$ 15 milhões da Visagio
O mercado de cibersegurança cresce no Brasil em meio ao avanço da pandemia digital, com investimentos e parcerias que fortalecem as empresas do setor. Neste cenário, em que o coronavírus tornou obrigatória a inclusão da transformação digital na estratégia de negócios, a Clavis Segurança da Informação inicia o ingresso em uma nova fase. A empresa recebeu investimento de R$ 15 milhões da Visagio – plataforma de transformação e desenvolvimento de negócios, com projetos em 40 países – que lhe permitirá expandir suas operações no Brasil e na América do Sul.
Além de se tornar sócia minoritária da Clavis, a Visagio passa a dar suporte ao desenvolvimento de produtos e na expansão para o mercado sul-americano. Atualmente, a Clavis já tem negociações avançadas com potenciais clientes no Chile, na Colômbia e no Paraguai.
Neste primeiro momento, a meta da Clavis é crescer de 140 para mais de 300 clientes até o fim de 2022, com foco em empresas middle market (que, segundo classificação do BNDES, são aquelas que faturam entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões) e startups com alto potencial de crescimento. Em relação ao faturamento, a expectativa é dobrá-lo a cada ano, passando dos R$ 20 milhões registrados em 2021 para R$ 160 milhões em 2024.
A primeira rodada de investimentos na Clavis aconteceu em 2016, quando recebeu R$ 4,5 milhões do Fundo Aeroespacial, composto por Embraer, BNDES, Desenvolve-SP e Finep. Posteriormente, a empresa foi selecionada como “Scale-Up” no ecossistema Endeavor” e homologada como empresa estratégica de defesa (EED) pelo Ministério da Defesa do Brasil.
Com 17 anos recém-completados e presente em 22 estados e no Distrito Federal, a Clavis é, dentre as empresas 100% brasileiras, a maior provedora do país em gestão de privacidade e riscos cibernéticos nas áreas de previdência privada, óleo e gás, saúde, e-commerce, seguros e fintechs. Na avaliação dos sócios, a parceria com a Visagio dará mais fôlego aos planos da Clavis, entre eles o de ser a primeira empresa brasileira de segurança de dados a abrir capital. A expectativa é concluir a operação em até quatro anos.
“A parceria com a Visagio nos possibilitará acelerar a expansão das operações e a evolução dos produtos sem perder o DNA Clavis, que é o de buscar sempre a maximização dos resultados dos nossos clientes, por meio da excelência dos serviços e da proximidade com a direção da empresa, em sinergia com as áreas de Privacidade e Compliance dos Centros de Operações de Segurança da Informação.”, afirma o CEO da Clavis, Victor Santos.
Parceira da Clavis desde a época em que ambas davam os primeiros passos no Parque Tecnológico da COPPE/UFRJ, no Rio de Janeiro, a Visagio nasceu em 2003 como uma empresa de tecnologia e consultoria de gestão. Ao longo dos anos, seu modelo de atuação evoluiu, transformando-se em uma plataforma de transformação e desenvolvimento de negócios global. Em 2021, foi escolhida como a 2ª melhor empresa para trabalhar na América Latina pelo Great Place to Work, ficando atrás apenas da Microsoft.
Para o presidente do conselho administrativo da Clavis, Bruno Salgado, o mundo vive agora o auge da pandemia digital, agravado pela guerra cibernética que acontece em paralelo ao conflito armado na Ucrânia. “Ataques cibernéticos sempre existiram, no entanto, nos últimos anos eles se tornaram cada vez mais críticos e midiáticos. Os desafios da pandemia de Covid-19, a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a necessidade das empresas se digitalizarem trouxeram uma nova abordagem para o cenário brasileiro, no qual a Segurança da Informação e a Privacidade de Dados se tornou pauta essencial para o negócio”, analisa.
Foi justamente este cenário que levou a Clavis a superar a marca de 6 trilhões de eventos processados por dia em 2021, na busca pela identificação de vulnerabilidades e ameaças digitais em tempo real. “A gestão de riscos cibernéticos deixou de ser um diferencial e passou a ser uma condição básica para toda empresa digital que quer se manter viva e competitiva”, completa Victor Santos.