Mediado por Lívia Soares, diretora de Receitas do AllowMe, novo episódio do podcast Em Busca da Bala de Prata conta também com Guga Stocco, cofundador da Futurum.Capital, e Luis Zan, superintendente de Prevenção à Fraude da XP Investimentos; executivos discutem como o mercado de tecnologia deve evoluir de modo a assegurar identidade digital de usuários

Como o avanço do metaverso deve impactar as ferramentas de autenticação de identidade digital? É possível garantir o compartilhamento de dados que sustentam a ideia de Open Finance, sem deixar o consumidor exposto? Quais os desafios de segurança colocados pela expansão das criptomoedas? Esses são alguns dos temas abordados no 10º episódio do podcast Em Busca da Bala de Prata,  mediado por Lívia Soares, diretora de Receitas da plataforma de prevenção à fraude AllowMe. Guga Stocco, cofundador da Futurum.Capital e conselheiro de empresas como Falconi Participações, Totvs, Vinci Partners e Banco Original; e Luis Zan, superintendente de Prevenção à Fraude da XP Investimentos, são os convidados da vez. 

Em um bate-papo descontraído, o trio trata da proteção de identidades digitais e prevenção a fraudes com um olhar para o futuro, discorrendo sobre oportunidades e desafios colocados pelo avanço de tecnologias disruptivas, a exemplo de blockchain, open banking e web 3.0. Um dos temas que mais rendeu durante a conversa diz respeito ao metaverso, universo que vem chamando a atenção de empresas e investidores. Segundo o JP Morgan, US$54 bilhões já estão sendo gastos em bens virtuais a cada ano e, de acordo com um relatório divulgado pelo Citi no primeiro semestre de 2022, até 2030, 5 bilhões de pessoas devem integrar o metaverso, um mercado que pode atingir a marca de US$13 trilhões. 

Para Guga Stocco, se hoje a autenticação de identidades se dá primordialmente por celulares e notebooks, em um futuro breve, ela deverá ocorrer via dispositivos ainda não difundidos – eventualmente, sequer existentes. Nesse contexto, cita como exemplos a autenticação de identidade via face em câmeras de supermercados, o que permitiria ao cliente uma compra sem qualquer fricção, ou então uma interface de realidade aumentada no metaverso capaz de impactar com publicidades personalizadas usuários na rua.

“E aí vai começar a mudar o que a gente entende, por exemplo, pela Lei de Proteção de Dados. Isso porque quanto mais eu libero meus dados, melhor a minha vida fica. [Ela] passa a ser customizada para mim no dia a dia e não só na internet. [Diante disso], a gente vai ver o ser humano questionando muitas coisas. Será que eu entrego essas informações para ter uma vida muito mais simples, mas com a possibilidade de ser manipulado? Como eu controlo isso? Como é que eu garanto que tipo de informação estará disponível para cada device – e serão N devices”, questiona. 

Para Luis Zan, a autenticação via novos gadgets trará uma complexidade maior. “Talvez não consigamos usar os processos tradicionais [que hoje usamos]. A evolução [do mercado de prevenção à fraude] vai ter que ter muita criatividade e novas features deverão compor o controle de risco”, afirma. O especialista acredita que cada vez mais o foco será concentrado na autenticação do usuário já no acesso, até mesmo para a manutenção de um equilíbrio entre experiência e segurança. “Mas isso também tem um contraponto porque no mundo de criptomoedas, [pautado pela] instantaneidade, você não quer ter esse delay, mas [isso] pode te trazer segurança (…) Não há muito espaço para o transacional ser negado, ele precisa fluir. O processo vem na autenticação mesmo”, afirma.

Livia Soares, do AllowMe, concorda e reforça que a Web 3.0 tem atraído a atenção não apenas dos investidores e das organizações, mas também dos fraudadores, o que exige um movimento rápido das empresas, principalmente daquelas ligadas à prevenção à fraude. Há de se buscar um ecossistema mais seguro, já vislumbrando a descentralização dos fatores de autenticação de identidades.   

“Quando falamos de metaverso e NFT,  acredito que o principal risco é justamente o roubo possível da conta”, diz. Isso porque o NFT é um bem exclusivo, cuja valorização está diretamente vinculada a esta exclusividade e que possui um valor financeiro lastreado na criptomoeda Ethereum. “[Toda essa dinâmica] faz com que o fraudador tenha mais apetite para descobrir como roubar essas contas e ter acesso àquela NFT”, pontua.

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By Tayliny Silva

Historiadora e publicitária que esta se descobrindo nerd e gamer. Socio fundadora do Negócios Tech.

8 thoughts on “<strong>Para especialistas, avanço do metaverso deve transformar indústria de prevenção à fraude </strong>”
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